Os doentes com cancro e os seus familiares já têm uma linha de apoio. Inaugurada no Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, celebrado no passado dia 4 de Fevereiro, está disponível entre as 17 e as 22 horas, de segunda a sexta, através do 808 255 255.
Mais do que informar, a linha tem como objectivo "apoiar a pessoa com cancro e a sua família ou amigos, em aspectos que digam respeito à doença, associações de doentes existentes, direitos dos doentes e instituições ou centros de tratamento", segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC). De acordo com a Direcção-Geral de Saúde, o cancro é a segunda causa de morte em Portugal, logo a seguir à morte por doenças do aparelho circulatório, mantando 20 mil pessoas por ano no nosso país.
Apesar destes dados, a mortalidade por cancro desceu cinco por cento no espaço de cinco anos, segundo dados do Eurocare 4, um estudo publicado pela revista The Lancet Oncology. Se antes, cancro era obrigatoriamente sinal de morte, hoje em dia não é bem assim. Já há muitos que se conseguem tratar ou controlar. A média europeia indica que metade das pessoas com esta doença sobrevivem mais de cinco anos.
Portugal tem, neste momento, taxas de sobrevivência mais elevadas do que países como o Reino Unido ou a Dinamarca. No entanto, é ainda um dos países que menos gasta em cuidados de saúde por pessoa. No caso dos homens, a mortalidade abrange 55 por cento dos casos oncológicos, valor que desce a 45 por cento no sexo feminino, de acordo com o estudo Eurocare 4. Esta linha vai permitir ajudar os doentes e todas as pessoas que estejam directa e indirectamente ligadas à doença, informando-as, tirando dúvidas, mas também dando apoio psicológico. A saúde da mente é extremamente importante para quem tem de enfrentar esta doença e a linha permite falar com especialistas na área.
A importância da prevenção
Como diz o ditado popular, “vale mais prevenir do que remediar”. E se o cancro é uma doença que pode aparecer até nas pessoas mais saudáveis, a verdade é que se houver prevenção será mais fácil detectá-lo numa fase inicial e controlá-lo. Aliás, o diagnóstico precoce é muito importante.
Os rastreios têm um papel fundamental. Para isso não precisa de esperar por rastreios em locais públicos. Basta fazer exames regulares no seu centro de saúde. Uma alimentação saudável também é importante, assim como o exercício físico mais adequado, não fumar, não beber em excesso e saber controlar o stress. Todos estes bons hábitos podem valer muitos anos de vida ou, pelo menos, anos com mais qualidade. A Liga Portuguesa Contra o Cancro deixa o aviso: “cerca de 75-80 por cento dos cancros podem atribuir-se a factores externos que, de forma geral, a pessoa pode modificar e, portanto, diminuir o risco de desenvolvimento de um cancro”.
Maria João Garcia
Jornalista
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Assim foi o ESPAÇO SAÚDE
de Voz de Retaxo
na Edição de Janeiro/Fevreiro 2008
1 comentário:
Essa linha será bem importante (desde que funcione) pois os familiares de doentes com cancro debatem-se com a notavel falta de informação do pessoal clinico, não em termos psicologicos mas em termos de informação dos direitos dos doentes e da foma como lidar com aspectos da doença quando o doente atinge a fase terminal
Saudações Bloguisticas
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